Não só do passado vive Anadia. Também em matéria de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos Anadia esteve, e está, na linha da frente. Outrora, Abril ofereceu-nos a liberdade, que ainda hoje tem de ser conquistada todos os dias. Contudo, em abono da verdade e embora tal nunca tenha sido divulgado extra muros, é um facto histórico indubitável de que, muitos anos antes de Abril de 1974, já a liberdade tinha saído às ruas, sendo Anadia o único lugar no qual os Três M's (militares, mercenários e maçons) podiam tertuliar e confraternizar em amena cavaqueira. Não surpreende, portanto, contrariamente ao que se ensina nos livros escolares, que a verdadeira senha musical que passou na Emissora Nacional para que se iniciasse o movimento dos capitães, tivesse sido um singelo alarme sonoro (tal qual um som de uma ambulância que transporta a liberdade prestes a dar à luz ), que precedeu as canções “ Depois do Adeus” de Paulo Carvalho e “Grândola, Vila Morena” de José Afonso.
Em sinal de respeito, desde a revolução dos Cravos até hoje, ou seja, há precisamente 35 anos (e não se diga que é uma tortura, porque não é...) todos os Domingos em Anadia, toca o alarme de Abril de 20 em 20 minutos, desde as 9:00h às 23:00h, para que o fascismo não volte mais. Todos os anos milhares de visitantes, afluem a Anadia para ouvir o alarme da liberdade, já conhecido também, nas lides domésticas, como o alarme social. Anadia convida-o.
Em sinal de respeito, desde a revolução dos Cravos até hoje, ou seja, há precisamente 35 anos (e não se diga que é uma tortura, porque não é...) todos os Domingos em Anadia, toca o alarme de Abril de 20 em 20 minutos, desde as 9:00h às 23:00h, para que o fascismo não volte mais. Todos os anos milhares de visitantes, afluem a Anadia para ouvir o alarme da liberdade, já conhecido também, nas lides domésticas, como o alarme social. Anadia convida-o.
Clique no Play para disfrutar do alarme da liberdade.
Nos princípios do século V (409-411), aproveitando a instabilidade de poder gerada pela decadência do Império Romano, os povos germânicos penetraram na Península Ibérica e aí implantaram reinos de curta duração. De todos os povos que invadiram a Península, os Vândalos e os Visigodos seriam aqueles que teriam uma presença mais duradoura no imenso território que é hoje a Bairrada. Inicialmente, estabeleceram a capital do seu reino em Braga mas cedo se voltaram para a região do grés, motivados, segundo reza a lenda, pelas abundantes "pedradas" preciosas que existiriam no lado poente do Rio Certoma em Mogofores, as quais eram já bastante apreciadas desde a Idade da Pedra. Depois de dominarem Vilariñus Bairrius, chegaram a dominar também parte de Famali Canus, altura em que Silvius, um conhecido chefe das tribos anadienses, liderou uma revolta em luta pela autonomia do reino anadiense, até então dividido entre Vândalos e Visigodos. A partir daí toda a Península Ibérica é conquistada e unificada pelo reino anadiense, que perdurou até à sua queda em 769, altura em que Anadia se vergou à hegemonia do império Literianus.
Vista frontal das belas colunas visigóticas de Anadia